Especial Dia Dos Pais: Parabéns Às Mães

Três anos. Esse foi o período que eu tive a presença física do meu. Pouco tempo, né? Mas eu agradeço por cada dia que passei com ele. Nesses três anos eu tenho certeza que ele me deu muito mais amor, presença, carinho e sentimento que muitas pessoas de 20 e poucos anos receberam, mesmo com seus pais ainda vivos. Eu sei que é especial dia dos pais, mas esse texto é para as mães. É para as mães solteiras que fazem papel duplo na vida dos filhos. É para as mães que foram abandonadas e mesmo assim dão 500% para dar tudo do melhor aos filhos. É para as mães que, de alguma forma, perderam o pai dos filhos e os assumiram mais forte e poderosa.

Só quem teve uma mãe solteira/viúva sabe a falta que a presença paterna faz. Mas não só isso, sabe também como um coração de mãe é especial e divino. Como elas são capazes de se transformar em tudo, em pai, amiga, médica, professora, até em mágica pra satisfazer as necessidades dos filhos e ver um sorriso no rosto deles.

O aborto paterno é tão comum que chega a doer. Crianças e adolescentes que crescem com apenas uma pensão e alguns presentes, sem saber o que é levar a bronca de um pai, o que é chegar e ganhar aquele abraço maravilhoso, o que é ter a companhia de um pai nas loucuras que a mãe nunca faria (uma montanha-russa alta demais, uma tirolesa ou uma corrida de kart, quem sabe?). Mas, infelizmente, muitos homens preferem abandonar a família que ele gerou para “curtir a vida”, não acha que está pronto para enfrentar as responsabilidades como a mulher, mãe, é obrigada a fazer. Fugir das consequências para eles é mais fácil.

Acho horrível ver homens que largam a mãe e as crianças desamparadas sendo chamados de pai. Não, meu bem. Pai não é isso. Pai é o que aquela mãe, sozinha, se torna. Ela se vira e se revira para conquistar o mundo com o filho pequeno. Esse texto é para agradecer às mães que também são pais. Alguns chamam de “pães” mas eu prefiro chamar de heroína. Não apenas em casos de abandonos, afinal, a vida é cheia de surpresas, né? Qualquer coisa que faça uma criança crescer sem um pai traz essa consequência, faz a mãe dela virar uma super-humana.

Aos pais-de-selfie, minhas vaias. Às super-mães, minhas palmas.