Tenta a sorte…
É engraçado isso, é engraçado como eu já sabia que a história iria terminar assim e ainda assim, to aqui, sentada, revendo sms antigos e me perguntado por que levei tudo tão a sério, por que não parei enquanto ainda tinha tempo, por que raios acreditei que tudo poderia mudar magicamente e pela primeira vez na vida, meu dedo podre pra homem tinha acertado, eu não iria dar com a cara no muro. Por que me iludi criando expectativas em algo que, desde o inicio eu sabia que daria errado, eu sabia.
O que mais me faz rir é que eu sei que você procura evitar o reencontro por medo, medo de ser feliz, medo de mudar aquela velha e chata vidinha pacata, medo de gostar de verdade, medo de não querer longe, medo de ser feliz.
E isso é triste sabia? É triste saber que por mera covardia, estamos assim. Foi tudo bem melhor que o esperado, eu sei, isso tava nos planos. O que não estava era eu aqui, tentando em vão tirar seu nome e todas as lembranças da memória, jogar tudo pra uma ‘lixeira’ mental e até fazer uma limpeza de disco. Qualquer coisa que tire você dos meus pensamentos, eu tentaria.
É engraçado, tudo aconteceu tão rápido, no começo eu assumo, não tinha nenhuma intenção de gostar de você, queria aproveitar o momento, me divertir e levar assim, nada além, nenhuma dor. Não sei bem em que pedaço da historia eu acabei me perdendo, mas acredito que foi no momento em que bateu na minha porta simplesmente pra se desculpar por dizer que não tinha tempo pra mim. Quem seria capaz de não sentir, mesmo que la no fundinho, o começo de uma paixão depois de uma cena dessas?
Sabe, por um momento eu realmente cheguei a acreditar que pela primeira vez tudo poderia ser diferente, que eu poderia ter alguém, que poderíamos ser ‘nós’. Eu sei, a única babaca agora sou eu, sentada numa sala de espera, escrevendo sobre você no celular, sobre como eu realmente acreditei que você não seria covarde a ponto de desistir de superar as barreiras para ser feliz.