Bom dia, vida!
Sempre tive o hábito de cumprimentar todos ao redor, desde o segurança do prédio, a moça da faxina até o juiz do tribunal. Tenho comigo que isso é sinônimo de educação, que independente do seu “patamar” é necessário ser gentil com todos.
Não foi diferente no dia em que fui confirmar meu passaporte, isto é, comparecer na Polícia Federal para coleta de digitais e da foto (em que estou pareceu um tomate por ter passado o dia no clube, aquele do vlog).
Apesar da hora marcada, era necessário senha para o atendimento. Me peguei rezando para não ser atendida pela moça com a cara de quem não deveria ter ido trabalhar aquele dia. Minha senha, chamada para a mesa dessa mesma moça. Como já citei, chego dizendo “bom dia” independente do mau humor alheio.
Assim que me ouviu, olhou assustada e reagiu com “bom dia, qual seu nome?”. Enquanto confirmava meus documentos, ela me pediu o comprovante de justificativa por não ter votado. Entrei em desespero, quem disse que lembrei de levar esse papel?
– Ai moça, o que eu faço agora? Tenho que remarcar?
– Faz assim, senta de volta nas cadeiras de espera, abre o site da justiça, preenche seus dados e me mostre o comprovante online que estará tudo certo.
Foi exatamente o quê fiz. Com algum tempo de espera graças a internet da tim, e só depois, com a senha do wi-fii da cafeteria próxima, conseguida pelo meu namorado, finalmente consegui. Esperei que ela atendesse a outra cliente que tinha seguido como sua senha para a mesa dela e retornei para o fim do atendimento, tudo correu bem.
Não é a primeira situação em que fui “salva”ou que “salvei” o dia de alguém por um simples cumprimento. Em outra ocasião, uma moça ficou tão feliz por receber o seu primeiro bom dia de verdade (pós horas de trabalho) que saiu de trás do balcão somente para me agradecer.
E eu tenho certeza que, o que determinou a saída do meu passaporte, foi, mais uma vez, o bom dia.
“O que fazemos por nós mesmos morre conosco.
O que fazemos pelos outros e pelo mundo permanece e é imortal.”
– Albert Pine.