Carta de alforria
Depois de ler e reler, por incontáveis vezes, o último texto que escrevi sobre você, também em uma sala de espera, a algum tempo atrás, fiz dele minha carta de alforria de todos os meus sentimentos por você.
Tão engraçado a sensação que desfruto agora, um sentimento de que tudo está onde deveria estar, de leveza, de paz comigo mesma.
Quem diria que um texto escrito em um momento em que eu me encontrava tão perdida, tão sem chão, seria o motivo que me fez colocar razão e coração de volta nos seus devidos lugares.
Percebi que não vale a pena, ou melhor, que nunca valeu. Depositar confiança demais em outra pessoa sempre causa esse efeito ‘terremoto’ em nossas vidas. E por mais que eu saiba disso, pareço insistir e persistir no erro, tenho uma espécie de imã nesse sentido.
O contra efeito de toda a confusão que você causava em mim, é minha total indiferença quando, ainda hoje, fiz questão de te ouvir falar que não mudaria sua vida por mim e me mantive totalmente inalterada. Não senti aquela dor bem lá no fundinho, não sinto a menor necessidade de te mandar sms, não sinto uma vontade incontrolável de você.
A parte hilária dessa história, a melhor de todas, é que eu passei de babaca a feliz comigo mesma, você continua levando sua vida de sempre e muito provavelmente, nunca vai ler nenhum dos meus textos, nem saber que eu estava disposta a mudar toda sua vida.