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Intercâmbio Para Vancouver (Canadá): Por que fazer? Como se Planejar?

Para você que deseja fazer intercâmbio, essa é a hora de tirar todas as suas dúvidas! A Bia, colaboradora do blog, vai trazer um pouco de como foi sua experiência e tirar as dúvidas de vocês! A postagem inaugural sobre isso trata sobre os motivos pelo qual ela quis fazer esse intercâmbio.


POR QUE EU QUIS IR?

Havia me formado há um ano e estava trabalhando em um pequeno estúdio de fotografia na minha cidade. Apesar de amar essa área, percebi que o retorno era muito baixo e que poucas pessoas valorizavam esse tipo de trabalho. Me sentia presa, pressionada, perdida, cansada, com vontade de fazer coisas diferentes e de sair da minha zona de conforto.
Então, expliquei a situação e pedi demissão. Na mesma semana, procurei agências de viagem e conversei com meus pais sobre meus planos, que na época era só uma vaga idéia. Queria me encontrar, saber o que fazer da minha vida de “adulta”.
Apesar de ter estudado inglês a minha vida toda, tanto na escola como fora dela, sabia que faltava muito para ser fluente e sabia que essa viagem seria um jeito de unir o útil ao agradável. Além disso, o inglês seria importantíssimo e indispensável para meu futuro profissional como aspirante a publicitária/fotógrafa e essa experiência acrescentaria um peso enorme ao meu currículo.
PLANEJAMENTO PARA QUEM TEM O SONHO DE FAZER INTERCÂMBIO
Muita gente diz que o primeiro passo para uma viagem é a vontade de viajar. Vontade eu sempre tive. Mas não sabia pra onde, quando e nem por onde começar.
O medo do desconhecido sempre me impedia. E dinheiro? E a saudades? E se eu não souber me virar em inglês? E se 6 meses for muito tempo? E se eu não fizer amigos? Como vou pegar ônibus? E se eu me perder? E se minha família for psicopata?
Como vocês podem ver só vontade não resolve nada. Para tornar a viagem possível, o planejamento deve ser o primeiro passo. Para isso você deve:
1- Enfrentar seus medos, parar de arranjar desculpas, ir com alma, não com calma. Pare de pensar no que pode dar errado e pense no que pode dar certo.
Quantas vantagens terei por ser fluente em uma nova língua? E se eu amar essa experiência? E se eu conhecer pessoas e lugares incríveis? E se, em outro país, eu me sentir em casa? E se eu descobrir que viajar é o melhor investimento?
2- Juntar dinheiro e estabelecer um prazo para conseguir esse dinheiro. Economize e procure alternativas para ganhar um dinheiro extra: pode ser costurando, fazendo artesanato, fotografando, fazendo encomendas de doces, etc.
Se nada disso der certo, apele para a família, ou, como eu sempre digo,” paitrocínio”. Meus pais foram os principais culpados, incentivadores , motivadores e patrocinadores dessa viagem. Eles me deram todo apoio antes, durante e depois da viagem.
3- Decidir o objetivo da viagem, que pode ser lazer, aprendizado de uma nova língua, experiência na área de formação, trabalho voluntário, cursos livres, au pair, ou ainda, a combinação de vários itens citados.
Primeiro, pensei em ir como au pair, pois sou louca por crianças, tenho paciência e criatividade para lidar com elas e sou responsável. O preço sairia muito mais em conta, o salário era bom, a oportunidade era ótima. Mas quando vi quais eram minhas responsabilidades e o tempo mínimo para esse tipo de programa (1 ano), acabei ficando insegura. Percebi que seria muita responsabilidade e que talvez essa não fosse a melhor opção no meu caso.
Optei por ir como estudante, assim teria menos responsabilidades, disponibilidade para o estudo e aprimoramento da língua inglesa e tempo livre para visitar a cidade.
4- Procure uma agência de viagens que te mostre as melhores opções para o seu bolso e gosto. Deixe claro seu objetivo com o intercâmbio, suas preferências e restrições quanto à cultura e língua. 
IMPORTANTE: Não feche com a primeira agência que você foi. Primeiro, pesquise os preços, assim como as opções de pagamento. Também entre em contato com outros intercambistas. Afinal, eles já passaram por essa fase e podem recomendar a agência adequada.
Indicação: STB
5- Opções e tempo de estadia.
Essa etapa, ainda deve ser decidida na agência de viagens. As opções mais comuns são casa de família ou apartamento. A maior vantagem de se alugar um apartamento é que você tem mais privacidade e é mais independente, não precisa dar satisfação para ninguém e não tem hora para chegar em casa. Pode deixar seu quarto bagunçado, sua cama desarrumada e andar a vontade pela casa.
Em casa de família, você não tem muita privacidade. Precisa arrumar seu quarto, geralmente tem que dividir o banheiro com a família ou com outro estudante. Mas as vantagens são muitas. Por exemplo, pelo fato de você fazer as refeições com a família, tem a chance de praticar seu inglês com eles todos os dias, experimentar comidas típicas e aprender mais sobre a história e a cultura do país.
Se o seu tempo de estadia for longo, de até 6 meses como eu, por exemplo, você pode ficar numa casa de família no primeiro mês e, quando já tiver feito novas amizades, dividir o apartamento para que o preço não fique tão caro.
6- Pesquisar sobre o país que você viajara: clima, cultura, história, tamanho, costumes, escolas.
Quando me decidi pelo Canadá, depois de muita conversa, dúvida e pesquisa, sabia que além de Vancouver ser o lugar menos frio dentre as opções que eu tinha em vista, é uma cidade que possui, ao mesmo tempo, montanhas como também lindas praias. 
Outro fator que pesou bastante na minha decisão foi a opinião de amigos e familiares que já haviam visitado o Canadá. Minha mãe foi para lá em 1997 para passar um mês estudando inglês e se apaixonou. Minha tia, com o mesmo objetivo, foi um ano depois e foi amor à primeira vista. Minha amiga, foi e não queria mais voltar. Minha prima, que foi para passear, insistia que eu ia amar.
Acabei cedendo, curiosa sobre a opinião unânime e me resolvi por Vancouver, mal sabendo o que me esperava por lá.

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